Qual o futuro do investimento em ESG nas empresas?

07/07/2022

Pensando nos impactos ambientais causados pelo mercado financeiro, um grupo ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), desenvolveu os princípios para a sigla ESG (Environmental, Social and Governance). Em português: meio ambiente, social e governança, prometendo mudar o universo corporativo em prol da sustentabilidade. Deste modo, o principal objetivo do ESG é convencer os compradores a investir de maneira mais ética e sustentável.

Empresas precisam entender os pilares do ESG

Além da preocupação ambiental, o ESG também atua em questões sociais e de governança. Essa ação gera um impacto positivo na sociedade, reduzindo riscos e proporcionando um bom relacionamento entre colaboradores, fornecedores e clientes.

Ao se pensar na aplicabilidade do ESG, a empresa pode analisar os seguintes questionamentos:

- Quais medidas devem ser adotadas para que a empresa/marca tenha uma política de governança transparente?

- Qual seu propósito na sociedade? Se sua empresa deixar de existir, causaria algum impacto?

- Seu negócio inspira outros? É um modelo a ser seguido?

- Como anda o investimento de relacionamento corporativo?

Situação econômica do Brasil x ESG

Em 2021, foram internalizados alguns compromissos internacionais relacionados ao mercado financeiro, tais como: investimentos, financiamentos e seguros através da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Banco Central do Brasil  e da Superintendência de Seguros privados (Susep). Isso trouxe normas que levam em consideração os pilares do ESG.

Com a economia ainda sob efeitos da pandemia, 2022 exige investimentos bem pensados e não tão ousados. Uma má gestão do ESG pode impactar diretamente na capacidade financeira da empresa, por essa razão, é muito importante buscar uma assessoria e analisar temas em alta que fazem valer o investimento.

O impacto do ESG e suas tendências

Não há dúvidas de que a aplicação desses princípios nas empresas é muito importante. De acordo com as Nações Unidas, até 2030 as emissões de carbono devem ser reduzidas em até 45% e chegar a zero até 2050. Isso porque as organizações e os indivíduos estão se tornando cada vez mais responsáveis ambientalmente.

Em 2022, a retomada econômica leva em conta as seguintes tendências do ESG:

Fundos e investimento verdes: têm por objetivo fomentar a economia verde trazendo retorno financeiro significativo para seus investidores. Na prática, não muito é muito diferente dos fundos de investimentos aos quais já estamos habituados. Neste caso, as empresas “beneficiadas” devem ser ambientalmente responsáveis, dispondo de uma economia energética e comprometida com a redução da emissão de poluentes.

Cibersegurança: um item muito importante na governança, que diz respeito à tecnologia e seus dados. A cibersegurança tem por objetivo proteger ativos de informações, ameaças ou ataques maliciosos que envolvam computadores e sistemas. Este item será muito explorado este ano, já que no Brasil temos um ambiente corporativo público para que sejam demonstradas as iniciativas nos relatórios. Além disso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já está em vigor e deve ser respeitada.

Integralização do formato de relatório ESG: desde 2020, as associações internacionais buscam por um padrão contábil nos relatórios de sustentabilidade. Essa iniciativa traz mais comodidade para empresas e investidores em relação à transparência e à adequação de informações.

Integração dos elementos ESG: é a tendência em destaque que envolve o olhar mais atento entre as letras que compõem a sigla, de maneira integral (trabalhando em conjunto). Ao investir em ESG, é importante observar se a empresa foca em todos os seus pilares: meio ambiente, social e governança. As organizações não poderão mais “fechar os olhos”, deixando algum elemento guardado. A interdependência é essencial na gestão.

A empresa que você pretende investir é realmente sustentável?

O termo greenwashing, que em português significa “lavagem verde”, é utilizado para se referir à prática de quem promete muito e não cumpre nada em questões sustentáveis. São empresas que apresentam um marketing verde, afirmam ser sustentáveis, mas, ao avaliar os pilares de ESG, não contribuem com nenhuma das normas exigidas como padrão. Investimentos em empresas com essa característica devem ser evitados.

O escritório Floriani & Silva Advogados Associados presta assessoria especializada em Direito Ambiental e Empresarial. Entre em contato e tire suas dúvidas.

Leia também: Mudanças no Código Florestal Brasileiro

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